segunda-feira, 18 de maio de 2015

Virada em Piracicaba tem 'sessão maldita' em frente ao Cemitério da Saudade



Levar as pessoas para a frente do Cemitério da Saudade, em Piracicaba, num horário inusitado: às 23h59. Esta é a proposta do grupo Andaime Teatro para o sábado, 23, na Virada Cultural Paulista em Piracicaba. Na ocasião, o público confere a "sessão maldita" do espetáculo A Noiva do Defunto.

Comédia portuguesa de domínio público, a peça conta a história de um homem que é confundido com seu primo, que acaba de morrer e era noivo de uma jovem encalhada. A confusão está formada.

Misto de farsa e melodrama, o texto foi gentilmente cedido, ao grupo, pela família do Circo Piranha, por meio de Luís Jóia Ramos, o palhaço Serelepe. A montagem – cuja estreia ocorreu em 2006 – foi desenvolvida dentro do universo do circo-teatro, aproveitando uma pesquisa iniciada pelo grupo, em 2003, que resultou na criação da peça Comovento. Fascinado pelo mundo circense, o Andaime retoma a pesquisa para provar, mais uma vez, que o circo está presente dentro de nós.

O grupo Andaime Teatro tem 29 anos de trajetória. Tem diversos prêmios no currículo e também apresentações internacionais. Além disso, a peça foi indicada ao Prêmio CPT (Cooperativa Paulista de Teatro) como Melhor Trabalho Apresentado em Rua no primeiro semestre de 2011.

Esta será a terceira apresentação de A Noiva do Defunto no Cemitério da Saudade na programação da Virada. A secretária da Ação Cultural, Rosângela Camolese, destaca que a ideia de realizar atividades no espaço parte de um conceito de ressignificação do local. Entre as ações estão o Encontro Nacional de Estudos Cemiteriais, exposições de fotografias, pinturas e esculturas, além de apresentações musicais.

“O Cemitério da Saudade é um dos mais antigos em atividade no Estado de São Paulo. A intenção é aproveitar sua revitalização, promovida recentemente pela prefeitura, para rememora-lo e ratifica-lo como ponto de atração turística e da memória”, diz Rosângela, que participou, em 2009, do 10º Encontro Ibero-Americano de Cultura, em Medellín, na Colômbia, onde mostrou o exemplo de Piracicaba aos demais países participantes do congresso.

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